quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Entrevista a Sara Farinha


O objetivo é que a partir desta entrevista façam vocês as vossas perguntas. 
Para submeter perguntas enviem um e-mail para d311nh4@gmail.com e no assunto Entrevista a Sara Farinha.
Ao atingirmos as 10 perguntas, sai a 2ª entrevista.



1.Fala-nos um pouco sobre ti.
Sou uma alfacinha de gema que adora escrever, viajar, música, cinema e sair com os amigos. Licenciei-me em ‘Sociologia do Trabalho’, fiz selecção e recrutamento para uma empresa de Trabalho Temporário, fui formadora de adultos, entre muitas outras coisas. Considero-me uma auto-didacta que, desde cedo viu nas letras uma forma de expressão pessoal. Acredito em valores pessoais e familiares fortes, na aprendizagem constante e na ideia de que o empenho é recompensado.
Sou administradora do blogue http://sarinhafarinha.wordpress.com/ onde partilho os meus escritos, a minha poesia e as minhas ideias sobre vários temas e, publiquei no final de 2011 o meu primeiro livro “Percepção, uma estranha realidade”.

2. Agora sobre o teu livro.

 “Percepção” conta a história de Joana e das suas tentativas em lidar com aquilo que ela considera uma maldição: o dom de ler as emoções dos outros. À viagem de Joana junta-se Mark, um homem por quem ela se apaixona e, o Convénio, uma organização perigosa que pretende subjugar todos os detentores do dom, em benefício próprio.
“Percepção” é um romance, uma fantasia urbana, uma história sobrenatural cheia de acção, passada numa das cidades mais cativantes do mundo, Londres. 

3. De onde surgiu a ideia para esta história?
“Percepção, uma estranha realidade” nasceu da vontade de criar uma obra mais extensa e da necessidade de colocar em papel uma história relacionada com a forma como entendemos o mundo e as pessoas que nos rodeiam.
Há uns anos li um texto sobre as influências que algumas pessoas exercem sobre outras, onde falavam da extrema sensibilidade às emoções dos outros, com o mínimo de interacção. Quando contemplei a hipótese de escrever um romance foi esta ideia que me motivou. Após várias pesquisas, cativou-me a paranormalidade do tema e os relatos enfáticos sobre aqueles que, alegadamente, padecem deste mal. Sendo uma defensora de explicações lógicas e científicas, pareceu-me uma conjugação natural, uma fantasia num mundo bem real.


4. Já tens projectos futuros? Pretendes manter o mesmo género? Podes dar-nos uma luz do que virá?
Tenho alguns projectos a decorrer: dois livros em diferentes fases de produção (ambos dentro do género Fantasia mas em contextos muito diferentes), a execução de um conto por cada mês de 2012 (“Algo Impossível” é o título do conto deste mês), algumas outras ideias a desenvolver que prefiro não desvendar para já e, aguardo a publicação de um dos meus poemas na Antologia de Poesia Contemporânea "Entre o Sono e o Sonho - Vol. III", da Chiado Editora. Este último projecto estou a divulgá-lo aqui pela primeira vez e, quero afirmar que estou muito satisfeita pelo convite recebido para participar nesta Antologia, sendo a Poesia uma das minhas paixões.

5. O que pensas da literatura portuguesa? Costumas ler? Achas importante apostar no que é nacional?
Adoro os clássicos portugueses, foram eles que me apresentaram à escrita portuguesa de qualidade. Fernando Pessoa, Luis de Camões, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Florbela Espanca, Gil Vicente, entre outros.
Quanto aos autores Portugueses contemporâneos, confesso que não leio tanto como gostaria. Mas isto é algo que pretendo corrigir.
Acho imprescindível a aposta na produção literária nacional de qualidade. Acho que se as editoras se envolvessem mais nas obras produzidas, os resultados da obra e da sua venda, seriam muito melhores. Acho que o nosso mercado é muito pequeno e que deveríamos pensar em alargar os nossos horizontes para outros países de língua oficial Portuguesa e nas edições traduzidas. Acho que os autores portugueses de sucesso actualmente são escolhidos em função das suas outras actividades profissionais e não pela qualidade que as suas obras possam ter. Acho que sofremos daquele síndrome de “tuga” que tudo o que é nosso é de pouca qualidade e merece pouco respeito e empenho. Não é importante apostar no que é nacional, é crítico.

6. Autores que te inspiram:
Bram Stoker, Enid Blyton, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Luís de Camões, Anne Rice, J.R.R. Tolkien, Florbela Espanca, Oscar Wilde, J.K. Rolling, Dan Brown, Stephenie Meyer, Laurell K. Hamilton, J.R. Ward, Richelle Mead, Luis Sepúlveda… É uma lista em construção.


7. Livros:
“Os Maias” de Eça de Queiroz, “Código Da Vinci” de Dan Brown, “Twilight” de Stephenie Meyer, “Lover Eternal” da J.R.Ward, “O velho que lia romances de amor” de Luis Sepúlveda, “Viagem ao Mundo da Droga” Charles Duchaussois, “O Louco Rabequista” de Fernando Pessoa, “Num Vento Diferente” de Ursula K. LeGuin, “Uma casa em Portugal” de Richard Hewitt, “Poesia Completa” de Florbela Espanca, “Os Jogos da Fome” de Suzanne Collins, “O Braço Esquerdo de Deus” de Paul Hoffman e tantos outros…

8. Filmes: 
O Corvo”, “Conan”, “Matrix”, “Lista de Schindler”, “Chocolate”, “The Doors – O Mito de uma geração”, “Crepúsculo”, “O Fabuloso Destino de Amélie”, “Sherlock Holmes”, “O Senhor do Anéis”, “Constantine” “O Sexto Sentido”, “O Protegido”,”O Reino dos Céus”, “Moulin Rouge”, entre outros.

9. Apelos ou agradecimentos que queiras deixar:
Quero agradecer à Andreia Ferreira, a administradora deste blogue, pelo convite para esta entrevista.
Desejo também agradecer a todos aqueles que me têm apoiado nesta viagem pelo mundo das letras e, pelo interesse demonstrado pelo meu livro, “Percepção, uma estranha realidade”.

10. O que achas do blog d311nh4? 
Desde que o descobri na blogosfera que se tornou num destino frequente. Este blogue é um contributo inestimável para divulgação da literatura e dos jovens autores portugueses.

Para opinião e sinopse clicar na imagem.

2 comentários:

  1. Esta entrevista foi uma boa forma de conhecer este blog. Bom por sinal!
    A entrevista da Sara Farinha é inspiradora e desejo que mantenha o olhar no presente e a força paea continuar este projecto de vida.
    O que tem feito é simples, mas não é fácil. Força!
    Parabéns :-)

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  2. Confesso que não leio autores portugueses da actualidade simplesmente porque não me seduzem. Mas depois desta entrevista fiquei mais que convencida em dar uma oportunidade a esta autora.

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