segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A guilda dos mágicos - Trudi Canavan

SINOPSE: Todos os anos os mágicos de Imardin reúnem-se para purgar as suas ruas da cidade. Mestres de disciplina e da magia, sabem que ninguém se pode opor à sua vontade. Porém, o seu escudo protector não é tão impenetrável quanto acreditam. Quando uma multidão de pessoas é expulsa da cidade, Sonea, uma jovem rapariga, enraivecida com a autoridade dos mágicos e do tratamento que impuseram à sua família levando-os à miséria, atira uma pedra ao escudo. Para espanto de todos, a pedra atravessa o escudo e deixa um dos mágicos inconsciente. Trata-se de um acto inconcebível, e a Guilda dos Mágicos apercebe-se que o seu pior pesadelo se tornou realidade: existe alguém com poderes mágicos por treinar à solta pelas ruas, e deverão encontrá-la o mais depressa possível, antes que os seus poderes fora de controlo libertem forças que irão destruí-la a ela e à cidade.


OPINIÃO: Este livro estava estacionado já há algum tempo na minha estante. Quando finalmente decidi pegar nele não sabia mesmo o que esperar, e não é que se mostrou uma agradabilíssima história?
Estava à espera de mais uma escola de magia, mais um romance entre mágicos, mais uma luta com a magia negra, no entanto foi mais do que isso.
Em primeiro lugar a principal diferença está na sociedade que habita este livro. Há uma diferença social extrema entre o povo e a guilda. Vejam que só os nobres, até à data, é que foram admitidos na guilda dos mágicos, nunca passou pela cabeça de ninguém que alguém do povo pudesse ter o dom da magia, até Sonea.
Há um ritual chamado purificação que visa em expurgar os pobres das cidades altas, os rebeldes opõe-se à força dos mágicos e com pedras, que chocam no escudo dos mesmos,manifestam a relutância em serem tratados daquela forma. Sonea junta-se aos amigos, mas a pedra dela atravessa o escudo impenetrável. Começa aqui a busca dos mágicos a uma mágica que fugiu ao radar da guilda. Os seus poderes irão evoluir e ela é uma bomba relógio ambulante.
O livro empatou um pouco na fuga de Sonea. As escapadelas constantes dela serviu para conhecer como funcionam as cidades pobres e como funciona a hierarquia dos ladrões.
A guilda é magnifica e a forma como verdadeiramente funciona, sem ser aos olhos de Sonea, é estupenda. 
Falta qualquer coisa a este volume, talvez um pouco mais de ação ou interação entre os personagens, contudo uma vez que é o primeiro de uma trilogia pode ser essa a justificação de tantos momentos "mortos".
A 1ª parte causa um pouco de ansiedade porque ficamos confusos quanto ao destino que queremos que Sonea tome. Se ficar nas ruas pode perder totalmente o controlo dos seus poderes magoando-se a si e quem a rodeia, se for para a guilda arrisca-se a que eles a matem(?)
Sonea é uma personagem com capacidades limitadas pela sua condição de vida, é vista pelos mágicos cultos como selvagem. É desconfiada, rebelde e com uma moralidade que deixa a desejar. Talvez a construção de uma protagonista tão cinzenta tenha ajudado a tornar esta história apetecível.
Gostei e espero ler o segundo volume em breve.

1 comentário:

  1. Tenho este livro na estante há séculos e ainda não lhe toquei... apareciam sempre outros livros que punha à frente e como não há muitas opiniões deste livro não havia nada para me esmiuçar a curiosidade xD

    parece que o tenho que ler no futuro!

    bjs*

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