Sinopse: "Sento-me aqui nesta sala vazia e relembro. Uma lua quente de Verão entra pela varanda, ilumina uma jarra de flores sobre a mesa. Olho essa jarra, essas flores, e escuto o índicio de um rumor de vida, o sinal obscuro de uma memória de origens. (...) "
Opinião: Fui forçada a ler esta obra para o exame nacional de 12ºano e sinceramente odiei.
Ao contrário do que me costuma acontecer quando sou impelida a ler algum autor clássico, possuidor do cânone literário português, que normalmente me cativa, Virgílio Ferreira levou-me para o auge do aborrecimento e da confusão.
É triste, psicologicamente demolidar seja pela escrita lenta e rebuscada como pelo conteúdo confuso e deprimente.
Chamem-lhe o que quiserem mas a mim não surpreendeu, nem tanto me agradou minimamente.
Foi das piores obras que me obrigaram a ler.
ResponderEliminarÉ o tipo que livro que nos atira para lá do precipício e o seu tom burguês ainda piora o ramalhete.
http://cronicasobscuras.blogspot.com/
É Vergílio Ferreira com E, Virgílio é um autor clássico.
ResponderEliminarEu, pelo contrário, adorei este livro. Não o vou defender exaustivamente porque admito que possa desagradar a muitos, dependerá do gosto e da sensibilidade de cada um. No entanto, é de notar que a perspectiva niilista patente na obra, assim como todas as questões de foro existencialista, são pertinentes e actuais - serão sempre actuais, enquanto a humanidade for constituída por seres pensantes. Vergílio Ferreira não escreveu esta obra por lhe apetecer ser depressivo. Escreveu-a porque, tal como os grandes pensadores, foi vítima da inquietação subjacente à necessidade de procura.
Uma coisa, no entanto, concordo: este não é um livro que deve ser de leitura obrigatória no ensino secundário. Ninguém deve ser obrigado a contemplar o sentido da vida (ou a ausência dele) se o não quiser. Daí, peço que não se culpe o livro de ser "confuso" e "deprimente", mas sim quem teve a peregrina ideia de tentar obrigar as pessoas a ler Vergílio Ferreira só porque ele é um bom autor.