Saga Alex 9 - Bruno Martins Soares

SINOPSE: Estamos no futuro. Sem saber porquê, a Tenente-Coronel Alex 9 (da 3.ª Unidade de Comandos de Elite) é projetada para um planeta parecido com a Terra, onde uma guerra entre impérios medievais se está a travar. Aparentemente, a chegada da jovem despoleta imensas consequências políticas que ainda estão longe de fazer sentido.

Duzentos anos antes, na nossa Terra, os mestres Kaoru e Bach, fugitivos de ambas as partes da Grande Guerra das Corporações, tentam descobrir o enigma que envolve Alex e que a levou à Segunda Terra. Mas onde conduzirá esta busca?

Entretanto, nessa Segunda Terra, o Reino de Brodom foi invadido pelos Salteadores das Tribos do Sul e pelas forças do Duque Wa-Tsu, o Invencível. Mas o pior são as traições que ocorrem na própria capital e entre os aliados de Brodom.

SINOPSE: Dois planetas em diferentes etapas de desenvolvimento. Duas guerras que podem levar ao extermínio. Uma profecia desconhecida. Qual será o papel de Alex 9?

Estamos no século XXII. Alex 9 é uma órfã adotada por uma poderosa corporação e treinada para ser a mais temível arma de combate que já existiu. Envolvida numa missão da qual desconhece os contornos, é lançada para os confins do espaço e só acorda duzentos anos depois na Terra. Mas não é a nossa Terra. Este novo planeta em tudo semelhante ao nosso vive numa Idade Média onde impérios se enfrentam em sangrentas batalhas. E a chegada de Alex 9 veio baralhar tudo pois cumpre uma antiga profecia. Atacada por forças misteriosas que procuram destruí-la, a jovem também encontra aliados inesperados e, quem sabe, algo que sempre julgou não estar destinado a si. Numa saga repleta de perigos, para sobreviver Alex 9 terá de desvendar os mistérios que levaram dois mundos distantes no espaço e no tempo a embrenharem-se em guerras sangrentas. E com armas magnéticas, espadas japonesas, batalhas de naves e cargas de cavalaria a concorrerem entre si, só uma mulher como Alex 9 tem hipóteses de o fazer. Mas qual será o preço?

OPINIÃO: Não poderei escrever muito sobre o livro em si, porque a verdade é que desisti.

Continuo a afirmar que o trabalho técnico é de qualidade. Afirmo essa minha opinião com a percepção de uma escrita peculiar, que só se vê em autores capazes e totalmente familiarizados com as palavras.

Bruno criou um mundo trabalhoso, com inúmeras personagens e descrições de um local, por si imaginado, que merece que seja referenciado.

O que falhou, para mim, foi a personagem principal. Alex é desinteressante e, como o livro gira em torno da protagonista e do seu destino previamente traçado, não me deixou margens para ignorá-la e prosseguir.

Alex é uma mulher forte e surreal. Ela é confrontada com desconfiança, por homens másculos e medievais, por forças conspiratórias que a querem ver morta, pelo poder do número (muitos contra um) e mesmo assim ela safa-se sempre com imensa facilidade, demasiada facilidade. Alex é uma heroína à moda antiga, em que o mundo pode cair que ela fica de pé. Até pode ser que a sua sorte mude no final do segundo livro ou no terceiro, mas a verdade é que não me consegui obrigar a mais.

No que toca às restantes personagens, queria ver Dael, mas as suas passagens eram sempre muito semelhantes e sem grande desenvolvimento. Os verdadeiros vilões planeiam muito e vê-se muito a explicação do que se irá passar e do que se passou.

Gostei de uma parte do segundo volume, mas foi muito rápida. Ainda assim, louvo a crueldade atribuída à morte de um certo número de soldados e à forma genial como tal aconteceu.

Não tenho mais a dizer, apenas que irei ler outros trabalhos de Bruno Martins Soares, porque, tal como disse, não foi a escrita do autor que me desincentivou, mas sim as suas escolhas na construção dos seus personagens, desta história em particular.

No final, esta é a minha opinião imparcial e vale o que vale.