SINOPSE: Um romance sobrenatural divino.
Durante meses, Clara Gardner treinou para enfrentar o incêndio das suas visões, mas nada a preparou para a escolha que teria de fazer nesse dia. E no rescaldo do incêndio, descobriu que ao contrário do que pensava, nada é o que parece quando se tem sangue de anjo.
Agora, está dividida entre o amor que sente por Tucker e as dúvidas que Christian lhe desperta, pelos papéis que ambos parecem estar destinados a assumir num mundo que tem tanto de belo como de perigoso. Clara debate-se ainda com uma revelação chocante: alguém que ama vai morrer dentro de meses. Perante um futuro incerto, a única certeza que Clara possui é a de que o incêndio foi apenas o início. Depois de Celestial, Cynthia Hand retrata a alegria do primeiro amor, a angústia da erda e a desorientação por que passamos ao descobrir quem somos.
OPINIÃO: "Anjo Sombrio" é a sequela de "Celestial" e, apesar de ter gostado bastante do primeiro volume, devo dizer que este me prendeu absolutamente.
Clara assumiu a sua relação com Tucker, mas há algo em Christian que a deixa desnorteada. Tendo fugido ao seu suposto desígnio, ela teme perder-se de si mesma.
No entanto, uma tragédia está prestes a rebentar sobre a sua cabeça e segredos escondidos pela mãe, pelo irmão, por Christian e até pelo próprio pai ausente.
O drama está excelentemente aplicado, porque, mesmo rodeada de complicações, centra-se no ponto mais urgente, naquele que quase elimina os restantes problemas, naquele que arrebata com qualquer um.
O livro está carregado de excelentes reviravoltas, situações de aflição, emotividade e de decisões que vão além do coração de Clara.
Cynthia Hand , não retirando o ênfase ao romance, dá-nos a conhecer mais da natureza dos seus anjos. De uma forma fluída e apelativa, tomamos conhecimento do papel dos nefilins na terra e da origem de Grace.
A carga psicológica é mais intensa e o próprio vilão revela-se mais perigoso e determinado. São respondidas questões bastantes pertinentes e o final deixa a curiosidade aguçada para a continuação da saga.
Clara é uma protagonista falível, o que me faz simpatizar imenso com ela. Não se limita a tomar decisões, ela debate-se com as suas ações e sofre as consequências daquilo que cria.
Aliás, agrada-me imenso a profundidade que a autora atribui à maldade, aos sentimentos, à personalidade que me parece mais adequada a dar aos sobrenaturais. Afinal, eles não possuem as mesmas características psicológicas dos humanos e, pela sua natureza, não devem agir em conformidade com a moral que normalmente move a raça humana. Cynthia primou neste campo, trazendo mistério e imprevisibilidade ao enredo.
A situação do triângulo, aviso aos mais românticos que não se sentirão desiludidos com o foco dado a Clara, Tucker e Christian, apesar de o desfecho poder criar ora desilusões, ora aplausos.
A saga de Cynthia Hand é, agora, uma residente permanente nas minhas estantes, acompanhada de outras como a de Charlaine Harris e Patricia Briggs, que conquistaram o seu lugar no meu plano obrigatório de leitura.
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