quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Deusa do Mar - P.C. Cast

SINOPSE: Christine Canady, CC, é sargento da Força Aérea e no dia do seu 25º aniversário, já depois de uns quantos copos de champanhe a mais, faz uma dança em cima do balcão do bar pedindo à deusa da terra um pouco mais de magia na sua vida. 

No dia seguinte, o seu voo com destino ao médio oriente, num C-130, termina num desastre com o avião a despenhar-se no Oceano. Quando pensava que o seu destino estava traçado e a sua morte era certa, ela apercebe-se de que está a respirar debaixo de água e se encontra perante a mais bela sereia que poderia imaginar. 
Concedendo à sereia o desejo de ser humana, elas trocam de consciência e em breve CC vê-se imersa nas intrigas da corte das sereias, e com dificuldade em resistir aos encantos do pretendente real. 
Mas, o desejo de voltar a terra vai fazer com que CC se cruze com o cavaleiro dos seus sonhos, vendo-se envolvida num arrebatador triângulo amoroso.


OPINIÃO: Olha, olha, que belíssima surpresa.
Este nome, P.C.Cast, remetia-me automaticamente para a série "Casa da noite", que tem vindo a desiludir-me pela  banalidade dos termos, o exagero nos comportamentos dos adolescentes. Pensava que ia encontrar algo do género, mas  fui surpreendida pela positiva.
"A deusa do mar", ou "Renascida" (fizeram uma nova edição do mesmo livro para poderem inventar títulos. Ninguém entende, já que "A deusa do mar" seria a tradução mais acertada) tem como protagonista uma mulher adulta, independente, que procura alguma magia na sua vida. Afinal, quem é que não procura?
Nada de adolescentes curiosos, com inclinações a heróis e atitudes suícidas.
O que acontece neste livro é a união de dois mundos, através dos seus intervenientes. Pensemos na história d'"A pequena sereia" (já que o conto da princesa Ondina, à qual a história se inspira, não é muito conhecido) e coloquem lá uma mulher dos nossos tempos, uma mulher moderna. Temos, logo à partida, um enredo interessante para explorar. Ainda mais se a mulher moderna for mesmo incrivelmente diferente. A nossa protagonista é sargento da Força Aérea.
Geralmente, não sou fã de histórias feministas, pela tendência que têm de menosprezar o sexo masculino. Nessas histórias, a mulher transforma-se numa verdadeira "Ramba" e, curiosamente, tudo lhes sai bem, enfrentem grilos ou elefantes.
Aqui não há isso. Há respeito por ambos os sexos e, apesar de as personagens femininas serem fortes, não se sobrevalorizam em demasiado, não roçando assim o ridículo.

A única situação que me desagradou neste livro foi a redundância das cenas. Por mais que acontecesse uma ou outra coisa diferente, a história chega a um ponto que não evolui e os capítulos parecem todos iguais. Isso acaba por tornar a leitura mais lenta.
Esta coleção promete ainda mais nos outros volumes, seguindo a mesma linha, com a presença de entidades clássicas que devem ser hilariantes quando colocadas a lidar com alguém do nosso tempo e espaço real.
Uma série que veio para ficar.

1 comentário:

  1. Eu li este livro há já algum tempo e gostei muito :) bem melhor que a série Casa da Noite.

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