SINOPSE: Deixando para trás as suas funções no campo da patologia forense em Charleston, South Carolina, Kay Scarpetta aceita uma nova missão em Nova Iorque, onde o departamento de polícia lhe pediu que examinasse um indivíduo ferido, que se encontra detido na ala de detenção psiquiátrica do Hospital de Bellevue. O paciente, Oscar Bainne, algemado e atrás das grades, pediu especificamente que chamassem Scarpetta, a quem acabou por contar uma das histórias mais bizarras que ela alguma vez ouviu, informando-a de que os seus ferimentos foram infligidos no decurso de um crime... que ele não cometeu.
OPINIÃO: Este é o 16º livro da coleção Kay Scarpetta de Patricia Cornwell. No entanto, podem ler este volume sem sentir necessariamente falta da leitura dos anteriores, tal como eu fiz.
Contado de uma forma impessoal com variadíssimas menções científicas, Patricia mostrou ser especialista na arte de construir policiais. É impossível não admitir que a autora é conhecedora de tecnologia e de ciência, no limite que temos personagens capazes nas diferentes áreas. Acredito que para construir este enredo, a autora necessitou de imensa pesquisa para dar credibilidade às técnicas forenses.
O mistério recai sobre uma morte macabra a uma "pessoa pequena" cujo par, também ele pequeno, é o principal suspeito. Contudo, Oscar afirma não ter assassinado a namorada apesar de tudo indicar o contrário. É aí que uma equipa excelente se junta para desvendar quem é o psicopata que assassinou a anã e fez de tudo para intitular Oscar de "O anão assassino".
Kay Scarpetta é a melhor médica legista de sempre. Famosa presença da CNN e uma mulher desejada pelos homens e invejada pelas mulheres. Kay é assim, mesmo dentro de toda a atenção que a rodeia, humilde, preocupada, calma e ... resumidamente a mulher perfeita!
Assim se apresenta a protagonista desta coleção que é mais vezes mencionada do que propriamente presente nas linhas.
Lucy, sobrinha de Kay, é uma das personagens mais interessantes. Um autêntica génio tecnológico e dotada de um espírito irreverente. As suas ações são imprevisíveis.
Berger, a chefe da "equipa" é uma mulher fria e calculista com o profissionalismo a roças a pele. Gostava que esta personagem tivesse tido mais destaque.
Pete Marino tem uma história conturbada com Scarpetta. A expetativa do confronto entre ambos é positivo, contudo o resultado é praticamente esquecido durante as revelações finais.
Por fim, Benton, marido de Kay e psicólogo forense é difícil de definir. Não sei se a intenção da autora seria esta mas este personagem é fraco, tenta ser manipulador conseguindo enfiar os pés pelas mãos, é um tanto mentiroso, cobarde e cínico.
Para quem gosta de policiais, acredito que Scarpetta será um livro muito bom para a vossa coleção.
Tenho mesmo de confessar que a meio do livro eu sabia quem era o assassino, e vocês? ;)
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